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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

CONFÚCIO CONSEGUIRÁ MANTER A TRANSPARÊNCIA TOTAL NO GOVERNO?

 O governador Confúcio Moura conta tudo. No seu blog, para quem acesso à internet, ele relata o que está fazendo, o que viu, como quer resolver os problemas. Fala pouco com os jornalistas, até porque não precisa falar muito, já que escreve as coisas com clareza, que podem ser transcritas nos noticiários. Criativo, Confúcio encontrou a forma de não precisar responder a dezenas de perguntas (algumas, convenhamos, muito ruins) e receber dezenas de repórteres todos os dias. E ainda fica com a vantagem de dar a versão oficial, sem precisar de questionamentos. Parece ser esse o lado bom. O ruim é que, distante da população – a grande maioria, a imensa maioria, não tem acesso à internet – o governador rondoniense pode se afastar um pouco do cheiro do povo. E pode incorrer no erro do exagero, na medida em que suas palavras escritas são fortes, proporcionando interpretações confusas. Mas o que não se pode dizer de Confúcio Moura é que ele não é totalmente transparente. Escreve sobre tudo, opina sobre tudo, conta tudo. Da formação do secretariado à diminuição dos cargos comissionados; da sua intenção de decretar calamidade publica na saúde às críticas à educação; da preocupação com o sistema prisional até eventuais elogios a assessores e parceiros, o novo governador rondoniense é de uma transparência nunca vista na história de Rondônia. Parodiando Lula, nunca vista na história deste país. Se vai funcionar? Só tempo dirá. No meio da política, geralmente com a base apodrecida e com tantos interesses em jogo, contar tudo pode deixar o personagem exposto demais. Mas, no caso de Confúcio, a absoluta transparência pode ser seu maior escudo contra as falcatruas, malandragens e roubalheiras que podem acontecer nos governos. Em algum tempo, saberemos se ele continuará na mesma linha ou terá que fazer algum recuo estratégico. O rondoniense espera, mesmo, que ele não mude o jeito com que começou a governar. ( texto de autoria do Jornalista SÉRGIO PIRES, publicado na coluna Primeira Mão-Folha de Rondônia)

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