Bom dia, querido amigo Odair Cordeiro! Tenho certeza que você iniciou sua nova vida com a mesma alegria com que viveu esta, levando sua bondade, gentileza e contando suas histórias que sempre têm um pouco de humor, seja qual for o caso contado. Seus familiares, é claro, não se conformam, assim como seus companheiros do PT, incluindo o presidente Lula, com quem você começou um partido do povo, quando ser petista era quase uma sentença de prisão, para não dizer coisa pior. Ninguém aceita passivamente quando um avô, pai, marido, amigo do seu porte segue para outras aventuras, do outro lado. Todos nós o queríamos por aqui, por muito tempo mais. Mas o problema é o calendário, que não nos poupa, tornando envelhecido nosso corpo, enquanto nossas idéias – como as suas, amigo Odair – ainda estão bafejadas pelos raios da juventude. Para os que acreditam, fica a certeza de que o lado de lá ficará muito melhor com sua presença. Para os que acham que tudo termina por aqui mesmo, não poderia também haver maior homenagem do que lembrar como você viveu sua vida: com integridade, com ética, com amor à família e aos companheiros.
Você nos fará falta, Odair Cordeiro. A todos nós. Aí me incluo, porque testemunhei, durante quase um quarto de século, o quanto você foi correto, parceiro e dedicado às suas idéias e aos que o cercavam. Fará falta é claro aos seus netos, aos filhos, à sua esposa e ao exército de amigos que deixou por aqui. Não se sabe como é o lado de lá e nem se ele existe. Se existir, será melhor ainda com a sua chegada. Pobres de nós, amigo Odair, que ficaremos aqui sem a sua presença. (Sérgio Pires, é jornalista, diretor de comunicação da Assembleia Legislativa, e colunista em um jornal diário)
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